De acordo com informações a fuga ocorreu entre o meio-dia e 13h, no dia de visita

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28 de setembro de 2010

Deputado Urzeni Rocha é detido pela PF com dinheiro e santinhos, em Boa Vista (RR)


Foto: C. Bispo/Folha BV
O deputado Urzeni Rocha, encostado no carro, sendo revistado durante ação da PF
BOA VISTA - O deputado federal e candidato à reeleição Urzeni Rocha (PSDB), da coligação União por Roraima, foi detido ontem à tarde por agentes da Polícia Federal, em um posto de gasolina, no bairro Aparecida, por suspeita de compra de voto.

Com ele, os agentes encontraram R$ 8,5 mil em dinheiro, que estavam acondicionados em uma valise, no banco do carro que conduzia. No porta-malas do veículo, os policiais localizaram materiais publicitários de sua campanha.

Desde cedo, a PF investigava uma denúncia de que o parlamentar estaria supostamente distribuindo dinheiro em troca de voto. No momento da abordagem, Rocha estava acompanhado de servidores da Secretaria de Segurança Pública e da Codesaima (Companhia de Desenvolvimento de Roraima).

O deputado foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal, no Canarinho, para prestar esclarecimentos. “Há indício de abuso de poder político, uma vez que ele estava acompanhado de funcionários públicos, que não negaram em depoimento que trabalham na campanha dele”, disse o superintendente da Polícia Federal, Herbert Gasparini.

A PF instaurou inquérito policial para apurar o caso. Urzeni Rocha será investigado também por suposto crime de desobediência, já que ele se negou a sair do veículo no momento da ação policial. Gasparini afasta qualquer possibilidade de excesso na ação dos policiais e diz que foi empregada a força necessária para cumprir a lei.

Depois de ouvido, Rocha foi liberado para responder ao inquérito em liberdade. O dinheiro foi apreendido e será depositado em uma conta judicial, no Banco do Brasil.

FOCO – De acordo com o superintendente da PF, Herbert Gasparini, o foco da instituição não é prender eleitor recebendo dinheiro em troca de voto, embora se alguém for pego em flagrante, será detido, mas prender candidato e seu eventual “cooperador” - que atua na captação de eleitores interessados em vender o voto. “Esses, sim, é que temos prioridade em prender”, enfatizou.

Gasparini ressaltou que aquele candidato que não for preso em flagrante, em um eventual crime eleitoral, não ficará impune. As informações apuradas em investigações serão encaminhadas ao Ministério Público Eleitoral, a quem compete impetrar com ação que pode resultar na perda de mandato.

O deputado Urzeni Rocha (PSDB) disse que estava em seu veículo transitando pela cidade quando uma de suas irmãs telefonou e pediu para ele parar em um posto de gasolina no bairro Aparecida.

Segundo ele, ao parar o veículo foi abordado por uma equipe da Polícia Federal, com agentes que apontavam armas para os ocupantes do veículo. “Eles chegaram gritando e apontando armas para minha cabeça. Já fui abordado cinco vezes nessa campanha, mas dessa vez foi usada a violência. A agressão não faz parte da ação policial”, disse o deputado.

Urzeni disse ter sido conduzido a superintendência da Polícia Federal, onde prestou esclarecimentos acerca do dinheiro encontrado em seu veículo e disse que ainda hoje tomará providências jurídicas com relação ao caso. (EPR).

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